Mudanças entre as edições de "Dom do Temor de Deus"
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− | + | Já aprendemos que os [[Dons do Espírito Santo]] aperfeiçoam as virtudes. As virtudes abandonadas a si mesma não podem chegar a grandes alturas. A nossa razão, mesmo iluminada pela fé, é ainda imperfeita para perceber toda a realidade espiritual. Só os dons do Espírito Santo elevam o homem às alturas da própria dignidade. | |
− | + | O Dom do "Temor de Deus" aperfeiçoa a virtude da Esperança. Há várias espécies de temores: o temor mundano, o temor servil a Deus e o temor filial a Deus. Destes, só o último é o Temor de Deus. | |
− | + | '''1)''' O temor humano é o medo que se sente com relação a criaturas ou situações mundanas. São temores humanos o medo de pessoas, como a mulher que teme o marido ou o marido que teme a esposa, os filhos que temem o pai ou a mãe, os alunos que temem os professores... São temores às situações mundanas, por exemplo, o medo de andar de elevador, o medo do escuro, o medo de tempestades, etc. Incluem-se ainda nesta classe os medos supersticiosos, como o medo de passar embaixo de uma escada, o medo de ver um gato preto cruzar o caminho, o medo do dia 13... Os temores ou medos mundanos originam-se de traumas. Podem desaparecer pela oração de cura interior ou por tratamentos psicológicos adequados. | |
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+ | '''2)''' O temor servil é principalmente o medo de ser castigado por Deus, de ir para o inferno. Esse temor é gerado pela idéia de um Deus que nos vigia constantemente, pronto a nos castigar pelas nossas faltas. E isso nos inquieta, agita, deprime. O temor servil pode afastar-nos do pecado, mas é um temor imperfeito, porque não se baseia no amor de Deus. | ||
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+ | '''3)''' O temor de Deus é filial. É o temor de nos afastar do Pai que nos criou e que nos ama, de ofender a Deus que, por amor, sempre nos perdoa. O filho que ama o pai não quer ficar longe dele nem fazer algo que o possa magoar. É um temor nobre que brota do amor. Um temor filial, perfeito e amoroso. | ||
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+ | O temor de Deus é um dom do Espírito Santo que nos inclina ao respeito filial a Deus e nos afasta do pecado. Este compreende três atitudes principais: | ||
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+ | '''1)''' O vivo sentimento da grandeza de Deus e extremo horror a tudo o que ofenda sua infinita majestade; | ||
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+ | 3)''' Um cuidado constante para evitar ocasiões de pecado. | ||
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Edição das 13h13min de 4 de maio de 2010
Dons | |
Dom da Fortaleza | |
Dom da Piedade | |
Dom da Sabedoria | |
Dom do Conhecimento | |
Dom do Conselho | |
Dom do Entendimento |
Já aprendemos que os Dons do Espírito Santo aperfeiçoam as virtudes. As virtudes abandonadas a si mesma não podem chegar a grandes alturas. A nossa razão, mesmo iluminada pela fé, é ainda imperfeita para perceber toda a realidade espiritual. Só os dons do Espírito Santo elevam o homem às alturas da própria dignidade.
O Dom do "Temor de Deus" aperfeiçoa a virtude da Esperança. Há várias espécies de temores: o temor mundano, o temor servil a Deus e o temor filial a Deus. Destes, só o último é o Temor de Deus.
1) O temor humano é o medo que se sente com relação a criaturas ou situações mundanas. São temores humanos o medo de pessoas, como a mulher que teme o marido ou o marido que teme a esposa, os filhos que temem o pai ou a mãe, os alunos que temem os professores... São temores às situações mundanas, por exemplo, o medo de andar de elevador, o medo do escuro, o medo de tempestades, etc. Incluem-se ainda nesta classe os medos supersticiosos, como o medo de passar embaixo de uma escada, o medo de ver um gato preto cruzar o caminho, o medo do dia 13... Os temores ou medos mundanos originam-se de traumas. Podem desaparecer pela oração de cura interior ou por tratamentos psicológicos adequados.
2) O temor servil é principalmente o medo de ser castigado por Deus, de ir para o inferno. Esse temor é gerado pela idéia de um Deus que nos vigia constantemente, pronto a nos castigar pelas nossas faltas. E isso nos inquieta, agita, deprime. O temor servil pode afastar-nos do pecado, mas é um temor imperfeito, porque não se baseia no amor de Deus.
3) O temor de Deus é filial. É o temor de nos afastar do Pai que nos criou e que nos ama, de ofender a Deus que, por amor, sempre nos perdoa. O filho que ama o pai não quer ficar longe dele nem fazer algo que o possa magoar. É um temor nobre que brota do amor. Um temor filial, perfeito e amoroso.
O temor de Deus é um dom do Espírito Santo que nos inclina ao respeito filial a Deus e nos afasta do pecado. Este compreende três atitudes principais:
1) O vivo sentimento da grandeza de Deus e extremo horror a tudo o que ofenda sua infinita majestade;
2) Uma viva contrição das menores faltas cometidas, por haverem ofendido a um Deus infinito e infinitamente bom, do que nasce um desejo ardente e sincero de as reparar;
3) Um cuidado constante para evitar ocasiões de pecado.
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