Mudanças entre as edições de "Semana Santa"
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Na Quinta-feira Santa, óleo de oliva misturado com perfume (bálsamo) é consagrado pelo [[Bispo]] para ser usado nas celebrações do [[Batismo]], [[Crisma]], [[Unção dos Enfermos]] e [[Ordenação]]. | Na Quinta-feira Santa, óleo de oliva misturado com perfume (bálsamo) é consagrado pelo [[Bispo]] para ser usado nas celebrações do [[Batismo]], [[Crisma]], [[Unção dos Enfermos]] e [[Ordenação]]. | ||
− | * '''Óleo do Crisma''' - Uma mistura de [[óleo]] e [[bálsamo]], significando plenitude do [[Espírito Santo]], revelando que o cristão deve irradiar "o bom perfume de Cristo". É usado no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo é usado também no sacramento do sacerdócio, para ungir os "escolhidos" que irão trabalhar no anúncio da Palavra de Deus, conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos sacramentos. A cor que representa esse óleo é o branco ouro. | + | * '''Óleo do Crisma''' - Uma mistura de [[óleo]] e [[bálsamo]], significando plenitude do [[Espírito Santo]], revelando que o cristão deve irradiar "o bom perfume de Cristo". É usado no [[sacramento]] da Confirmação ([[Crisma]]) quando o cristão é confirmado na graça e no dom do [[Espírito Santo]], para viver como adulto na fé. Este óleo é usado também no [[sacramento]] do sacerdócio, para ungir os "escolhidos" que irão trabalhar no anúncio da Palavra de [[Deus]], conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos [[sacramentos]]. A cor que representa esse óleo é o branco ouro. |
− | Óleo dos Catecúmenos - Catecúmenos são os que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água. Este óleo significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito. Sua cor é vermelha. | + | * '''Óleo dos Catecúmenos''' - Catecúmenos são os que se preparam para receber o [[Batismo]], sejam adultos ou crianças, antes do rito da água. Este óleo significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo [[Espírito]]. Sua cor é vermelha. |
− | Óleo dos Enfermos - É usado no sacramento dos enfermos, conhecido erroneamente como "extrema-unção". Este óleo significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for vontade de Deus. Sua cor é roxa. | + | * '''Óleo dos Enfermos''' - É usado no [[sacramento]] dos enfermos, conhecido erroneamente como "'''extrema-unção'''". Este óleo significa a força do Espírito de [[Deus]] para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a [[morte]], se for vontade de [[Deus]]. Sua cor é roxa. |
==== Instituição da Eucaristia ==== | ==== Instituição da Eucaristia ==== | ||
− | Na véspera da festa da Páscoa, como Jesus sabia que havia chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim (Jo 12, 1). | + | Na véspera da festa da [[Páscoa]], como [[Jesus]] sabia que havia chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim (Jo 12, 1). |
− | Caía a noite sobre o mundo, porque os velhos ritos, os antigos sinais da misericórdia infinita de Deus para com a humanidade iam realizar-se plenamente, abrindo caminho a um verdadeiro amanhecer: a nova Páscoa. A Eucaristia foi instituída durante a noite, preparando antecipadamente a manhã da Ressurreição. Jesus ficou na Eucaristia por amor..., por ti. | + | Caía a noite sobre o mundo, porque os velhos ritos, os antigos sinais da [[misericórdia]]infinita de [[Deus]] para com a [[humanidade]] iam realizar-se plenamente, abrindo caminho a um verdadeiro amanhecer: a nova [[Páscoa]]. A [[Eucaristia]] foi instituída durante a noite, preparando antecipadamente a manhã da [[Ressurreição]]. [[Jesus]] ficou na [[Eucaristia]] por amor..., por ti. |
==== Ceia do Senhor (Lava-pés) ==== | ==== Ceia do Senhor (Lava-pés) ==== | ||
− | Um momento solene - No 13º capítulo do seu Evangelho, João fala sobre Jesus fraco, pequeno, que terminará sendo condenado e morto na cruz como um blasfemador, um fora da lei ou um criminoso. Até então, Jesus parecia tão forte, havia feito tantos milagres, curado doentes, ordenado que o mar e o vento se acalmassem e falado com autoridade para os escribas e os fariseus. Nós estamos frente a um Deus que se torna pequeno e pobre, que desce na escala da promoção humana, que escolhe o último, que assume o lugar de servo ou escravo. De acordo com a tradição judia, o escravo lavava os pés do senhor, e algumas vezes as esposas lavavam os pés do marido ou os filhos lavavam os do pai. | + | Um momento solene - No 13º capítulo do seu [[Evangelho]], [[João]] fala sobre Jesus fraco, pequeno, que terminará sendo condenado e morto na [[cruz]] como um [[blasfemador]], um fora da lei ou um criminoso. Até então, [[Jesus]] parecia tão forte, havia feito tantos milagres, curado doentes, ordenado que o mar e o vento se acalmassem e falado com autoridade para os [[escribas]] e os [[fariseus]]. Nós estamos frente a um [[Deus]] que se torna pequeno e pobre, que desce na escala da promoção humana, que escolhe o último, que assume o lugar de [[servo]] ou [[escravo]]. De acordo com a tradição judia, o escravo lavava os pés do senhor, e algumas vezes as esposas lavavam os pés do marido ou os filhos lavavam os do pai. |
==== Desnudação do Altar ==== | ==== Desnudação do Altar ==== | ||
− | A desnudação do altar hoje, é um rito prático, com a finalidade de tirar da igreja todas as manifestações de alegria e de festa, como manifestação de um grande e respeitoso silêncio pela Paixão e Morte de Jesus. O rito atual é realizado de modo muito simples, após a missa. Feito em silêncio e sem a participação da assembléia. As orientações do Missal Romano pedem que sejam retiradas as toalhas do altar e, se possível, as cruzes da igreja. O significado é o silêncio respeitoso da Igreja que faz memória de Jesus que sofre a Paixão e sua morte de Jesus, por isso, despoja-se de tudo o que possa manifestar festa. | + | A desnudação do altar hoje, é um rito prático, com a finalidade de tirar da [[igreja]] todas as manifestações de alegria e de festa, como manifestação de um grande e respeitoso silêncio pela [[Paixão]] e [[Morte]] de [[Jesus]]. O rito atual é realizado de modo muito simples, após a missa. Feito em silêncio e sem a participação da [[assembléia]]. As orientações do [[Missal]] Romano pedem que sejam retiradas as toalhas do altar e, se possível, as [[cruz|cruzes]] da [[igreja]]. O significado é o silêncio respeitoso da Igreja que faz memória de [[Jesus]] que sofre a Paixão e sua [[morte]] de [[Jesus]], por isso, despoja-se de tudo o que possa manifestar festa. |
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=== Sábado Santo === | === Sábado Santo === | ||
− | Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos. Ele vai antes de tudo à procura de Adão, nosso primeiro pai, ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, agora libertos dos sofrimentos. | + | Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o [[Rei]] está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque [[Deus]] feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos [[mortos]]. Ele vai antes de tudo à procura de [[Adão]], nosso primeiro pai, [[ovelha]] perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas [[trevas]] e na sombra da morte. [[Deus]] e seu Filho vão ao encontro de [[Adão]] e [[Eva]] cativos, agora libertos dos sofrimentos. |
− | Está preparado o trono dos querubins, prontos e a postos os mensageiros, construído o leito nupcial, preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos eternos adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o meio dos céus preparado para ti desde toda a eternidade". | + | Está preparado o trono dos [[querubins]], prontos e a postos os [[mensageiros]], construído o [[leito]] [[nupcial]], preparado o [[banquete]], as [[mansões]] e os [[tabernáculos]] eternos [[adornados]], abertos os tesouros de todos os bens e o meio dos céus preparado para ti desde toda a eternidade". |
+ | == Veja também == | ||
− | + | * [[Quaresma]] | |
− | + | * [[Páscoa]] | |
− | + | == Fonte == | |
− | http://www.auxiliadora.org.br/semanasanta.htm | + | * [http://dicionario.babylon.com/Semana_Santa Dicionário] |
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+ | * [http://www.brasilescola.com/historia/origem-da-semana-santa.htm Brasil Escola] | ||
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+ | * [http://www.auxiliadora.org.br/semanasanta.htm Auxiliadora] |
Edição das 14h06min de 2 de abril de 2009
Índice
Definição
A Semana Santa é um período religioso do Cristianismo e do Judaísmo que celebra a subida de Jesus Cristo ao Monte das Oliveiras, a sua crucificação e a sua ressurreição. No século IV, algumas comunidades cristãs passaram a vivenciar a paixão, a morte e a ressurreição, o que exigia três dias de celebração, consagrados à lembrança dos últimos dias da vida terrena de Cristo. Jerusalém, por ter sido o local desses acontecimentos, é que deu início a essa tradição seguida pelas demais igrejas. Assim a sexta-feira comemora especialmente a morte de Jesus Cristo, o sábado era o dia de luto e o domingo era a festa da ressurreição.
Origem da Semana Santa
A primeira celebração da Semana Santa foi em 1.682 pelos cristãos. Ela é uma das conclusões do Concílio de Nicéia, regido pelo Papa Silvestre I e patrocinado pelo imperador Constantino, em 325 d.C, que determinou a doutrina da Igreja Católica, transformada em religião oficial do Império Romano. Desde então, festejam-se em oito dias a paixão, morte e ressurreição de Cristo. Um decreto papal estabeleceu o Domingo da Ressurreição como a data mais importante do ano eclesiástico. Ele é celebrado sempre no domingo seguinte à primeira lua cheia da primavera no Hemisfério Norte e do outono no Hemisfério Sul.
A Semana Santa
Domingo de Ramos - Entrada de Jesus em Jerusalém
A comemoração da entrada do Senhor em Jerusalém, com a bênção e a procissão dos ramos, supõe a proclamação do Evangelho, que dá sentido ao ato litúrgico (Mt 21,1-11). O louvor público é o reconhecimento messiânico da pessoa de Jesus , pela explicação bíblica, mais fácil, da relação do Messias com a dinastia davídica. De fato, a saudação messiânica Hosana ao Filho de Davi, no ato de bendizer o que vem em nome do Senhor, é a confirmação do oráculo de Natã, através do qual o povo espera e reconhece a chegada daquele descendente privilegiado, cujo trono seria estável ou permanente. Entretanto, Jesus parece preferir servir-se de outros textos escriturísticos para se deixar reconhecer como Messias. Ao querer montar no jumento para entrar na cidade , assume a missão messiânica, descrita por Zacarias: Dizei à Filha de Sião: eis que o teu rei vem a ti, manso e montado em um jumento, em um jumentinho, filho de uma jumenta. Este ato contraditório se explica pelo messianismo anti-messiânico, ligado à pregação e irrupção do Reino, que contraria os interesses dos poderosos. Rejeitando-se o Messias, sua pessoa e sua mensagem, rejeita-se também o Reino que veio instaurar através dos meios pobres, mas eficazes, que escolhera. A cruz e a morte se colocam, então, no horizonte desta recusa do projeto messiânico: o caminho do amor que se doa a Deus e aos homens, em prol da justiça e da paz, através da mansidão e da humildade.
Quarta Feira Santa - Procissão do Encontro de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores
Dentro da Semana Santa, também chamada de “A Grande Semana”, em muitas paróquias, especialmente no interior, realiza-se a famosa “Procissão do Encontro” entre: o Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Os homens saem de uma igreja com a imagem de Nosso Senhor dos Passos e as mulheres saem de outra igreja com Nossa Senhora das Dores. Acontece então o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho. O padre, então, proclama o célebre Sermão das Sete Palavras, que na verdade são sete frases:
- 1. Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem. (Lc 23,34 a);
- 2. Hoje estarás comigo no paraíso. (Lc 23,43);
- 3. Mulher eis aí o teu filho, filho eis aí a tua mãe. (Jo 19,26-27);
- 4. Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonastes?! (Mc 15,34);
- 5. Tenho sede. (Jo 19,28 b);
- 6. Tudo está consumado. (Jo 19,30 a);
- 7. Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. (Lc 23,46 b).
O sacerdote, diante das imagens, faz uma reflexão com estas frases, chamando o povo à conversão e à penitência. O silêncio é grande, já que a imagem de Nosso Senhor dos Passos mostra-o com a cruz às costas. É tudo isso que vivemos neste tempo de profunda reflexão. Nossa fé é pascal, passa pelo sofrimento, morte e ressurreição do Senhor.
Quinta Feira Santa
Benção dos Santos Óleos
Na Quinta-feira Santa, óleo de oliva misturado com perfume (bálsamo) é consagrado pelo Bispo para ser usado nas celebrações do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordenação.
- Óleo do Crisma - Uma mistura de óleo e bálsamo, significando plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar "o bom perfume de Cristo". É usado no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo é usado também no sacramento do sacerdócio, para ungir os "escolhidos" que irão trabalhar no anúncio da Palavra de Deus, conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos sacramentos. A cor que representa esse óleo é o branco ouro.
- Óleo dos Catecúmenos - Catecúmenos são os que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água. Este óleo significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito. Sua cor é vermelha.
- Óleo dos Enfermos - É usado no sacramento dos enfermos, conhecido erroneamente como "extrema-unção". Este óleo significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for vontade de Deus. Sua cor é roxa.
Instituição da Eucaristia
Na véspera da festa da Páscoa, como Jesus sabia que havia chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim (Jo 12, 1). Caía a noite sobre o mundo, porque os velhos ritos, os antigos sinais da misericórdiainfinita de Deus para com a humanidade iam realizar-se plenamente, abrindo caminho a um verdadeiro amanhecer: a nova Páscoa. A Eucaristia foi instituída durante a noite, preparando antecipadamente a manhã da Ressurreição. Jesus ficou na Eucaristia por amor..., por ti.
Ceia do Senhor (Lava-pés)
Um momento solene - No 13º capítulo do seu Evangelho, João fala sobre Jesus fraco, pequeno, que terminará sendo condenado e morto na cruz como um blasfemador, um fora da lei ou um criminoso. Até então, Jesus parecia tão forte, havia feito tantos milagres, curado doentes, ordenado que o mar e o vento se acalmassem e falado com autoridade para os escribas e os fariseus. Nós estamos frente a um Deus que se torna pequeno e pobre, que desce na escala da promoção humana, que escolhe o último, que assume o lugar de servo ou escravo. De acordo com a tradição judia, o escravo lavava os pés do senhor, e algumas vezes as esposas lavavam os pés do marido ou os filhos lavavam os do pai.
Desnudação do Altar
A desnudação do altar hoje, é um rito prático, com a finalidade de tirar da igreja todas as manifestações de alegria e de festa, como manifestação de um grande e respeitoso silêncio pela Paixão e Morte de Jesus. O rito atual é realizado de modo muito simples, após a missa. Feito em silêncio e sem a participação da assembléia. As orientações do Missal Romano pedem que sejam retiradas as toalhas do altar e, se possível, as cruzes da igreja. O significado é o silêncio respeitoso da Igreja que faz memória de Jesus que sofre a Paixão e sua morte de Jesus, por isso, despoja-se de tudo o que possa manifestar festa.
Sexta Feira da Paixão
"Chegado ao meio-dia, houve trevas por toda a terra, até às três da tarde. Às três horas, Jesus exclamou em alta voz: "Eloì, Eloì, lema sabactàni?" que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste? (...)Soltando um grande brado, Jesus expirou. (...)Ao vê-Lo expirar daquela maneira, o centurião, que se encontrava em frente d'Ele, exclamou: "Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus". Jesus, pregado na Cruz, imobilizado nesta terrível posição, invoca o Pai (cf. Mc 15, 34; Mt 27, 46; Lc 23, 46). Todas as suas invocações testemunham que Ele está unido com o Pai. "Eu e o Pai somos um" (Jo 10, 30); "Quem Me vê, vê o Pai" (Jo 14, 9); "Meu Pai trabalha continuamente e Eu também trabalho" (Jo 5, 17).
Sábado Santo
Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos. Ele vai antes de tudo à procura de Adão, nosso primeiro pai, ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, agora libertos dos sofrimentos. Está preparado o trono dos querubins, prontos e a postos os mensageiros, construído o leito nupcial, preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos eternos adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o meio dos céus preparado para ti desde toda a eternidade".